Violência e masculinidades: desafios da cultura - Santa Tereza Tem
Logo

Agenda

Carregando Eventos

« Todos Eventos

  • Este evento já passou.

Violência e masculinidades: desafios da cultura

10 agosto as 10:00 11:30

Violência e masculinidades: desafios da cultura é tema da palestra do projeto Sábados Feministas

Parceria entre a Academia Mineira de Letras e o Movimento Quem Ama Não Mata promove, até novembro deste ano, encontros mensais com discussões sobre a pauta feminista.

No próximo “Sábados Feministas”, no dia 10 de agosto, sábado, das 10h às 11h30, o debate terá como tema “Violência e masculinidades: desafios da cultura”. Participam a socióloga Elizabeth Maria Fleury-Teixeira, o psicanalista Felipe Lattanzio e o juiz Marcelo Gonçalves de Paula. A entrada é gratuita e conta com interpretação em libras.

“A ideia é debater sobre essa naturalização da violência de gênero, ensinada, de geração a geração, por meio do desprezo a valores ligados ao feminino e do receio de perda de ‘identidade masculina’, comenta a coordenadora do movimento Movimento Quem Ama Não Mata (QANM), Mirian Chrystus.

Quais seriam as origens de tanta violência de homens contra mulheres mostrada não só pela mídia, mas, principalmente, a que ocorre, anonimamente, no cotidiano doméstico?  O senso comum acostumou-se a explicações de ordem econômica e até biológica, o excesso de testosterona. Como demonstra a pesquisa nacional realizada em 2023, pelo Instituto de Pesquisa Data Senado: 68% das brasileiras tem uma amiga, familiar ou conhecida que já sofreu violência doméstica, sendo a mais predominante a violência física, reportada por 89% das brasileiras.

Uma linha de pensamento vem se impondo: a violência socialmente construída, como reflexo de um aprendizado iniciado na infância e reforçado ao longo da vida. Este é o objetivo da palestra: compreender o fenômeno da violência contra as mulheres como processo cultural, que constrói a identidade masculina baseada num paradoxo: em relações de desigualdade entre os sexos, conferindo poder e privilégios aos homens e, por outro lado, o medo de que essa masculinidade se desvaneça no contato com o outro.

Elizabeth Maria Fleury-Teixeira: Pesquisadora da Fiocruz Minas e integrante do Movimento Quem Ama Não Mata (QANM) é doutora em Sociologia pela UFSCar. Tem pós-graduação em Ciência Política e Mestrado em Sociologia pela UFMG. Coordenou, em parceria com Stela Meneghel, da UFRGS, o “Dicionário Feminino da Infâmia – acolhimento e diagnóstico de mulheres em situação de violência“, publicado pela Editora Fiocruz (2015). Em parceria com o QANM, coordenou projeto de resgate da memória do feminismo mineiro, resultando, em 2023, na criação de plataforma da Fiocruz Minas para abrigar o website: “Vermelho Carmim – uma história das mineiras em luta por seus direitos”. Desde 2016, vem desenvolvendo estudos sobre as formas de socialização vividas por homens punidos pela Lei Maria da Penha. É também jornalista e poeta.

Felipe Lattanzio: Psicanalista, doutor em psicologia pela UFMG com estágio doutoral no CNAM/Paris, é autor do livro “O lugar do gênero na psicanálise: metapsicologia, identidade, novas formas de subjetivação“, entre outras publicações. Foi coordenador geral do Instituto Albam, no qual recebeu o prêmio “Objetivos de desenvolvimento do milênio“, da ONU. É professor da PUC/Minas.

Marcelo Gonçalves de Paula: Juiz titular do 2° juizado de violência doméstica e familiar da comarca de Belo Horizonte desde 2016, é integrante da coordenadoria da mulher em situação de violência do TJMG e membro da diretoria do Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica (FONAVID). Mestre em Direitos Humanos pela ENFAM do Superior Tribunal de Justiça, idealizador da Audiência de Fortalecimento e do Programa Construindo Igualmente do TJMG e do fluxo/procedimento  de atendimento das demandas em violência de gênero, no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), da Comarca de Belo Horizonte/TJMG. Integrou o Grupo de Pesquisa do Conselho Nacional de Pesquisa (CNJ), em 2020/2021, sobre o mapeamento nacional de grupos reflexivos. 

SERVIÇO

SÁBADOS FEMINISTAS: parceria da AML e do QANM e patrocínio do Instituto Unimed

Debate: “Violência e masculinidades: desafios da cultura”
Convidados: Elizabeth Maria Fleury-Teixeira, Felipe Lattanzio e Marcelo Gonçalves de Paula
Quando: 10 de agosto, sábado
Horários: Abertura dos portões às 9h30 e início do debate às 10h.
Às 11h30 – venda de camisetas e livros relacionados ao tema. Encerramento às 12h.
Local: auditório da Academia Mineira de Letras – (Rua da Bahia, 1466 – Lourdes)
Acesso gratuito | Interpretação em Libras

Livre

Academia Mineira de Letras

Rua da Bahia, 1466, Centro
Belo Horizonte, Minas Gerais Brazil
(31) 3222-5764

Anúncios